Pular para o conteúdo principal

Pedido

Socorro! Perco-me entre fingimentos e ilusões. Engano a mim mesma mais facilmente do que a qualquer outro. Salva-me. Escondo meus olhos, engulo minha língua, amarro-me as mãos. Tira esse sofrimento de dentro de mim, arranca minh'alma com um abraço. Ajuda-me. Um simples olho nos olhos, um trocar de mãos; faria meu pensamento mais leve e meu sorriso, mais fácil. Mata-me. Deixa de ser cruel e me deixa. Crava o punhal árabe... Não! Não o faz tão lentamente, não... não deixa com que cada onda da lâmina crie seu caminho, não...
Morro. Mas, antes de morrer, suspiro. Tudo o que eu desejo, desejei, desejaria; e já é tarde demais.

Comentários

"Crava o punhal árabe" Pq Árabe? Não pode indiano, marroquino, sei lá?
Ow...vi "A Orfã!" Lembrei de vc o filme TODO hahaha
inclusive o final, q é um pouco do q eu sempre pensei de vc kkkkkkkkkkk
UM POUCO!
Beijão!
Saudades...
Juliana disse…
Porque o punhal árabe tem a lâmina ondulada XD
NOSSA IAUHOAESHAESSAH a história da menininha psicopata? Credo véi!
Saudadoonas de você <3
beijos!

Postagens mais visitadas deste blog

Stacatto parte I

Assume-se que seres da noite como eu sentem repulsa por seres da luz, como anjos e outros parecidos com eles; mas não poderiam estar mais errados. Se não é a imensa vontade de corromper tudo o que é bom e belo, o que nos atrái é o caráter às vezes malicioso, enganador, como o das fadas. Tive minhas experiências com pessoas assim. Naquela noite em específico, entrei num clube noturno como tantos outros. Ultimamente um anjo, dentre todas as criaturas, andava frequentando os inferninhos comuns às outras raças. Era impossível não notá-lo: além do brilho dourado que emitia, estava cercado de mulheres de diversas espécies, todas hipnotizadas pela possibilidade de estar perto de um anjo. Claro que era bonito. Alto, dos olhos verdes e a pele tão branca e uniforme que parecia pedra. Parecia incrivelmente entediado, muito mais interessado em fumar um cigarro lentamente do que dar atenção à alguma de suas várias acompanhantes. Reconheci algumas das moças cujo olhar estasiado varria aquele rosto

À coragem

Para a cavidade sob o sexto par de costelas Minha querida companheira, Todos esses anos não percebi sua companhia, delicadamente movendo as peças quando necessário, mas acho que é chegada a hora de reconhecer seu mérito. Obrigada por ter me carregado através dos anos mesmo quando eu não conseguia enxergar o caminho a frente, ou me empurrado nos braços de determinadas oportunidades às quais eu não iria sozinha.  Nunca fui de me considerar uma pessoa corajosa, mas vejo que sou, sim, nas pequenas coisas. Eu escolhi andar descalça em um terreno em que a terra se mistura a espinhos, sendo totalmente genuína e aberta sobre o que sinto enquanto a maioria das pessoas se fecha. Espero que você me leve pela mão durante mais um ano. Afetuosamente, Juliana.

Cachoeiras do universo

Observei a tez bem escura de uma moça, cujo cabelo se punha como uma coroa de cabelos crespos, e imaginei como diria a ela que sua cor é belíssima. Imagino que nos confins do universo, o céu se transforma em água e jorra em cachoeira para se desfazer em nada. Todos os dias, uma das deusas leva um jarro na cabeça para colher a água e reabastecer um pequeno poço. Ela tem a pele da cor dos grãos de café e o corpo delgado, com um fino e elegante pescoço onde a cabeça divina repousa, o cabelo crespo cortado bem baixo de modo a fazer pequenos círculos onde deveriam ser cachos. Vestida de laranja e dourado, seu ventre hoje está menor que o normal pois ela deu a luz recentemente. A menina veio como um bebê frágil e que quase não respirava. Sábia, a mãe-deusa banhou o bebê no céu escuro sem estrelas e garantiu a ela a cor divina que tinha por direito. Mas não digo nada.