Começa como um passeio na Roda Gigante. A gente sabe onde vai parar, mas mesmo assim dá aquele frio na barriga característico, a gente sente aquela sensação de mudança de pressão igual dentro de um elevador e parece que vai tocar as estrelas quando chega lá no alto. Quando se estabiliza, é como se a gente estivesse num Carrossel. Tudo é colorido, vai girando num ritmo gostoso... Até que enjôa. E aí que começa a Montanha Russa. Em alta velocidade, a gente vai do alto a baixo em um segundo, e no final, se pergunta se era aquilo mesmo que a gente queria. Sái com as pernas bambas, tremendo e suando frio. Mas o pior começa é quando a gente vai dormir, deita a cabeça no travesseiro, e entra no Túnel do Terror...
Metódico, cirurgicamente limpo, preciso. O sobretudo preto e a cartola de cetim da mesma cor; as delicadas luvas de pelica branca, tudo denotava sua classe. Era um assassino. E não era unicamente um assassino... era um gênio. O melhor e mais conhecido de todos os tempos, e além de tudo, o mais rico. Engraçado como essa noite não carregava sua maleta com seus preciosos instrumentos. Levava em uma das mãos sua bengala, engastada com pérolas negras; e na outra, um estranho embrulho branco. Era grande o suficiente para parecer um presente, mas a cobertura era uma tira de pano branco e simples. Não podia pertencer à nenhuma de suas amantes. Cuidadoso também nesse sentido, nunca deixara com que nenhuma delas sobrevivesse mais do que algumas noites de satisfação. Presenteava-as, claro, mas logo recuperava o lucro perdido. Até a noite em que a conhecera. Helena era uma figura mítica. Muito mais bela que Helena de Tróia, muito mais poderosa que qualquer rainha amazona. Seus cabelos de um ruivo ...
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