Começa como um passeio na Roda Gigante. A gente sabe onde vai parar, mas mesmo assim dá aquele frio na barriga característico, a gente sente aquela sensação de mudança de pressão igual dentro de um elevador e parece que vai tocar as estrelas quando chega lá no alto. Quando se estabiliza, é como se a gente estivesse num Carrossel. Tudo é colorido, vai girando num ritmo gostoso... Até que enjôa. E aí que começa a Montanha Russa. Em alta velocidade, a gente vai do alto a baixo em um segundo, e no final, se pergunta se era aquilo mesmo que a gente queria. Sái com as pernas bambas, tremendo e suando frio. Mas o pior começa é quando a gente vai dormir, deita a cabeça no travesseiro, e entra no Túnel do Terror...
Assume-se que seres da noite como eu sentem repulsa por seres da luz, como anjos e outros parecidos com eles; mas não poderiam estar mais errados. Se não é a imensa vontade de corromper tudo o que é bom e belo, o que nos atrái é o caráter às vezes malicioso, enganador, como o das fadas. Tive minhas experiências com pessoas assim. Naquela noite em específico, entrei num clube noturno como tantos outros. Ultimamente um anjo, dentre todas as criaturas, andava frequentando os inferninhos comuns às outras raças. Era impossível não notá-lo: além do brilho dourado que emitia, estava cercado de mulheres de diversas espécies, todas hipnotizadas pela possibilidade de estar perto de um anjo. Claro que era bonito. Alto, dos olhos verdes e a pele tão branca e uniforme que parecia pedra. Parecia incrivelmente entediado, muito mais interessado em fumar um cigarro lentamente do que dar atenção à alguma de suas várias acompanhantes. Reconheci algumas das moças cujo olhar estasiado varria aquele rosto
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